A Comédia dos Erros

 

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peça de William Shakespeare

Adaptação de Ruth Salles a partir do original inglês

NOTA

A Comédia dos Erros foi publicada pela primeira vez em 1623. Já citada porém em 1598, consta ter sido escrita por volta de 1591. Nesta sua única farsa, Shakespeare parece ter-se baseado em Plauto, mas ainda há dúvidas quanto a isso. A peça fica entre a comédia e o drama: o drama de Egeu ao procurar a mulher e os filhos desaparecidos e a história desses dois filhos gêmeos, com seus dois criados gêmeos, sempre confundidos no decorrer da trama, o que ocasiona as cenas de comédia. Egeu é de Siracusa, na ilha da Sicília, e chega a Éfeso, uma das cidades fundadas na Ásia Menor pelos jônios depois que estes foram expulsos da antiga Grécia pelos dórios. Um gêmeo Antífolo e seu servo Drômio foram criados em Siracusa com o pai Egeu. O outro gêmeo Antífolo e seu servo Drômio viviam em Éfeso.

Por ser muito longa para a idade dos nossos atores, esta peça foi ligeiramente condensada a pedido da professora da classe, Ivani Almeida Blanco. Também a diretora da peça, Fernanda Camargo, fez algumas modificações muito bem sucedidas: a cortesã, personagem da história, se transformou em duas, e a cozinheira Graça, personagem só citada por Drômio, apareceu na peça várias vezes, o que tornou a comédia ainda mais engraçada, duplamente. A professora Joyce Gomes, que cuidou da direção musical, sugeriu partes cantadas, por se tratar de uma classe muito dada ao canto. De modo que, embora não haja partes cantadas no original de Shakespeare, Joyce escolheu músicas de Henry Purcell, contemporâneo do grande dramaturgo, para as quais recriei letras de quatro trechos da peça. Essas letras, assim como as músicas, se encontram no fim deste volume.

Ruth Salles, 2006

 

 

PERSONAGENS

SOLINO, duque de Éfeso.
EGEU, mercador de Siracusa.

ANTÍFOLO DE ÉFESO e
ANTÍFOLO DE SIRACUSA, filhos gêmeos de Egeu e Emília.

DRÔMIO DE ÉFESO e
DRÔMIO DE SIRACUSA, criados gêmeos dos dois Antífolos.

BALTAZAR, mercador.
ÂNGELO, ourives.
PRIMEIRO MERCADOR, amigo de Antífolo de Siracusa.
SEGUNDO MERCADOR, de quem Ângelo é devedor.
PINCH, professor.

PORTEIRA DA ABADIA, em Éfeso, que é Emília, esposa de Egeu.
ADRIANA, esposa de Antífolo de Éfeso.
LUCIANA, sua irmã.
LUZIA, criada de Adriana.
CORTESÃ.

Carcereiro, guarda, dois servos de Pinch, membros do séqüito do duque.

Cena: Éfeso

 

PRIMEIRO ATO

Cena 1
Sala do palácio do duque.
O duque Solino, Egeu, o carcereiro, cavalheiros e damas do séqüito.

 

EGEU:
– Duque Solino, sela minha sorte,
e minha dor se acabará com a morte.

DUQUE:
– Cala-te, mercador de Siracusa!
Sou o duque de Éfeso e não posso
ser parcial nem infringir a lei.
Se em Siracusa nossos mercadores
foram mortos por essa lei terrível,
criada por quem hoje vos governa,
agora, um cidadão de Siracusa
será preso se for achado em Éfeso,
será morto e seus bens são confiscados,
a não ser que ele pague aqui a multa
de mil marcos, que tu, Egeu, não tens.

EGEU:
– Pois vossa lei será o meu conforto.
Esquecerei a dor estando morto.

DUQUE:
– Egeu de Siracusa, quero ouvir
qual o motivo que te trouxe a Éfeso.

EGEU:
– Não poderia haver pior tarefa
do que narrar aqui o inenarrável,
que é a dor que causou a minha vinda.
Mas é justo que o mundo testemunhe
que a força do destino é que me trouxe,
e não qualquer ofensa a vós e a Éfeso.
Nasci em Siracusa, e lá casei-me
com Emília, a esposa que me deu
dois filhos gêmeos totalmente iguais.
No mesmo dia, uma mulher humilde
deu à luz dois meninos também gêmeos.
Os pobres pais não tinham condição
de criar nenhum deles, e eu comprei-os,
para futuramente serem servos
de nossos dois meninos. Nós pensamos
em chamar um dos filhos de Antífolo,
e um dos servos de Drômio. Porém nada
resolvemos então. Pois nós estávamos
longe de casa, em viagem de negócios.
Ao voltarmos por mar, em pouco tempo
o nosso barco, às tontas na tormenta,
nos quis mostrar que a morte estava próxima.
Os marujos fugiram em seus botes,
deixando o barco naufragar conosco.
Emília atou-se à ponta de um dos mastros,
e eu amarrei-me à outra. Cada um
atou consigo um filho e um dos pequenos
que compramos. Vogando sobre o mar,
avistamos um barco de Corinto.
Mas antes que chegasse – ah, que horror!…

DUQUE:
– Continua o relato, por favor.

EGEU:
– Pois antes que chegasse, nosso mastro
quebrou-se em dois de encontro a um rochedo.
A metade em que Emília estava presa
foi-se depressa ao vento, e ainda vi
o barco de Corinto recolhê-los.
Mais tarde, um outro barco me salvou
com um dos gêmeos e o pequeno servo.
Nunca mais vi Emília e os outros dois…

DUQUE:
– E que te aconteceu depois, Egeu?

EGEU:
– Meu filho, ao completar dezoito anos,
quis procurar a mãe e o irmão gêmeo,
e partiu de viagem com seu servo.
Faz cinco anos que eu procuro a ambos,
desde os confins da Grécia até a Ásia,
e enfim na volta vim parar em Éfeso.
Ah, se eu soubesse ao menos que estão vivos…

DUQUE:
– Oh, infeliz Egeu, eu mesmo, agora,
iria defender a tua causa
se pudesse me opor à lei de Éfeso.
Mas não posso. Só posso conceder-te
todo este dia para procurares
pagar a multa. Apela para amigos,
pede esmola ou empréstimo e insiste
em salvar tua vida! (ao carcereiro): – Carcereiro!
Este homem está aos teus cuidados.
Acompanha-o sempre onde ele for.

CARCEREIRO:
– Sim, meu senhor.

EGEU: – Adeus! O pobre Egeu,
lutando mais um pouco em sua lida,
adia por um dia o fim da vida.

(Egeu sai com o carcereiro; a cena escurece.)

 

Cena 2
No mercado.
Primeiro mercador, Antífolo de Siracusa, Drômio de Siracusa; Drômio de Éfeso.

 

PRIMEIRO MERCADOR: – Não digas que és de Siracusa, Antífolo, senão teus bens serão confiscados. Hoje mesmo um mercador de Siracusa chegou, foi preso e será morto, se não pagar a multa até o fim do dia. Toma o dinheiro que me confiaste.
(entrega a Antífolo um saquinho com moedas)

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (entrega o saquinho a Drômio de Siracusa):
– Drômio, leva à pousada do “Centauro”
onde nos hospedamos e me espera,
pois vou dar uma volta na cidade.
Ao pôr do sol eu chego, janto e durmo,
pois a viagem me deixou exausto.

DRÔMIO DE SIRACUSA (a Antífolo de Siracusa): – Qualquer outro pegava este dinheiro e sumia de uma vez. (ele sai)

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (fala ao primeiro mercador sobre Drômio):
– Ele é meu servo. É muito brincalhão
e sempre me diverte, se estou triste.
E tu? Não queres passear comigo?
Depois jantamos juntos no “Centauro”.

PRIMEIRO MERCADOR: – Obrigado, tenho um compromisso. Posso estar aqui de novo às cinco horas, e ainda se aproveita o fim da tarde. Até lá, bom divertimento! (ele sai)

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (para si mesmo):
– Quem me deseja um bom divertimento
deseja-me o que nunca posso ter.
Sempre em busca da mãe e do irmão gêmeo,
sou uma gota d’água procurando
por outra gota d’água no oceano. (vê chegar Drômio de Éfeso)
Já vem chegando minha agenda viva? (fala com ele):
– Como foi que voltaste tão depressa?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Voltei depressa? Estou chegando e até atrasado. O porco já torrou, o frango caiu do espeto, o sino já bateu meio-dia, e a patroa já bateu em mim. Ela ferveu porque a comida está fria. A comida está fria porque ainda não voltaste para casa, e não voltaste para casa porque…

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– Pára, Drômio, assim perdes o fôlego!
Tu guardaste o dinheiro que te dei?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Aquela moeda que me deste na quarta-feira para pagar o vendedor de selas? Dei a ele e não sobrou nada.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (já indignado):
– Olha! Hoje não estou de bom humor.
Deste todo o dinheiro a um seleiro
numa terra onde somos estrangeiros?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Por favor, patrão, deixa para brincar quando te sentares à mesa, pois a patroa me mandou correr atrás de ti, e se eu voltar sozinho vou correr é do tapa que ela vai me dar. Não sei como teu estômago não avisa que é hora de comer.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (muito zangado):
– Tu fazes graça bem fora de hora.
Onde está todo o ouro que te dei?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Para mim?! Tu não me deste ouro algum!

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– Ordenei que o guardasses no “Centauro”!

DRÔMIO DE ÉFESO: – A ordem que recebi foi de te procurar, isso sim.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– E aquele ouro, Drômio? E os mil marcos?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Marcas eu tenho bastante, na cara, nos ombros, que recebi de ti e da patroa, mas marcos, não.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– Chega de piadinhas, seu tratante!
Que história é essa? Agora tens patroa?

DRÔMIO DE ÉFESO (paciente e devagar): – Tua espooosa,… que mora no Fêeenix,… e que te espera para almoçaaar… com a irmã deeeela.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (espantado e zangado):
– Esposa, seu estúpido? Pois, toma! (dá-lhe uma bofetada)

DRÔMIO DE ÉFESO: – Ei, ei, patrão. Que é isso? Ah, eu vou é dar no pé!
(sai correndo)

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (consigo mesmo):
– Esse tonto perdeu o meu dinheiro.
Dizem que aqui há muitos vigaristas
que enganam qualquer um. Pobre rapaz…
Vou ao “Centauro” ver o que acontece. (sai)

 

FIM DO PRIMEIRO ATO

 

SEGUNDO ATO

Cena 1
Casa de Antífolo de Éfeso.
Adriana e Luciana; Drômio de Éfeso.

 

ADRIANA:
– Drômio e Antífolo ainda não chegaram,
e já são duas horas, Luciana!

LUCIANA:
– Adriana, então vamos almoçar.
Os homens vão e vêm, são sempre livres.

ADRIANA:
– E por que são mais livres do que nós?

LUCIANA:
– Seus negócios não são fora de casa?

ADRIANA:
– Quando eu o mando chamar, fica ofendido.

LUCIANA:
– É teu dono e teu freio o teu marido.

ADRIANA:
– Só burros são freados tanto assim.

LUCIANA:
– Tudo que existe tem seu freio, sim.
No céu, no mar, na terra, peixes, aves,
feras e homens sofrem tais entraves.
A fêmea deve ao macho obedecer.

ADRIANA:
– Quando tu te casares, quero ver.

LUCIANA:
– Pois eu vou me casar, depois eu digo.
Acho que vem chegando o teu marido!
É Drômio! (entra Drômio de Éfeso.)

ADRIANA: – Então, pegaste teu patrão?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Que nada! Ele é que me pegou pelas orelhas. E ainda me deu uma ordem que nem entendi.

ADRIANA:
– Mas ele não vem vindo para casa?

DRÔMIO DE ÉFESO: – Para casa? Ah, patroa, acho que ele está é louco da cabeça. Perguntou pelos mil marcos em ouro que ele jura que me deu e disse que não sabe de patroa nem de casa!

ADRIANA:
– Pois vai de novo lá buscá-lo! Anda!

DRÔMIO DE ÉFESO: – Para apanhar outra vez? Por favor, manda outro em meu lugar!

ADRIANA:
– Não! Vai buscar o teu patrão, senão…

DRÔMIO DE ÉFESO (sai, falando sozinho): – Será que sou tão redondo que pensam que sou bola? Ela me rola para lá, ele me rola para cá, ela me rola para lá de novo. Se eu continuar neste serviço, minha pele vai virar couro.

ADRIANA:
– Ele trata tão bem quem vê na rua…
E eu sedenta por um olhar alegre…
Meu coração por ele sempre chama,
mas se falo irritada ele reclama.
Se ele não vem, será que já tem outra?

LUCIANA:
– Pára com esses ciúmes, Adriana.

ADRIANA:
-Ah, só se eu fosse uma insensível tola.
Ele não vê beleza mais em mim.
E eu vou morrer chorando até o fim…

 

Cena 2
Praça pública.
Antífolo de Siracusa; Drômio de Siracusa; Adriana e Luciana.

 

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (aparece e fala consigo mesmo):
– O dono do “Centauro” enfim me disse
que Drômio já guardou o ouro lá
e veio procurar-me. Ah, vem chegando! (entra Drômio de Siracusa)
Então? Teu bom humor já se alterou?
Se gostas de pancada, continua
a dizer que não sabes do “Centauro”,
nem recebeste o ouro, e que a patroa
me espera para o almoço. Estavas louco?

DRÔMIO DE SIRACUSA: – Eu disse isso? Mas não te vejo desde que fui ao “Centauro”! Estás brincando, patrão?

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (zangado):
– Brincando, eu? Pois toma então mais esta! (bate nele)

DRÔMIO DE SIRACUSA: – Pára, pára! Não estou entendendo nada!

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (dando bronca):
– Só porque acho graça no que dizes,
brincas até na hora em que estou sério,
e assim abusas de nossa amizade.
Para brincares, vê se estou disposto!
Ou terei de esmurrar o teu boné?

DRÔMIO DE SIRACUSA: – E isto ainda tem cara de boné? Preciso é de um capacete, senão daqui a pouco vou ter de pensar com os ombros. Só queria saber porque bates em mim. De qualquer forma, agradeço. Porque me bates de graça quando não fiz nenhuma graça.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– Tá, tá, tá, Drômio. Vamos almoçar?

DRÔMIO: – Acho melhor não, porque se a carne estiver bem sovada, és capaz de teres vontade de me sovar também.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– Pois aprende a brincar na hora certa,
e nada te acontece.

ADRIANA (chama de fora): – Antífolo!

ANTÍFOLO DE SIRACUSA: – Quem me chama?

ADRIANA (entra com Luciana):
– Podes olhar com raiva para mim!
Eu já vi que outra dama é que te agrada.
Não sou mais Adriana, tua esposa,
aquela cuja voz elogiavas
como se fosse música? Esqueceste
tudo o que já sentiste, e me traíste?
Nós somos duas gotas d’água juntas.
Se uma se suja contamina a outra.
Guarda, pois, o sagrado matrimônio,
e eu serei pura e tu serás honrado!

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (espantado):
– Por acaso é de mim que estás falando?
Cheguei há duas horas na cidade.
Não conheço ninguém, nem te conheço.
Só queria entender que história é esta.

LUCIANA:
– Oh, meu cunhado, como estás mudado…
Por que falas assim com minha irmã?
O almoço está pronto, e ela mandou
que Drômio te chamasse para casa.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– Drômio?!

DRÔMIO DE SIRACUSA: – Eu?!

ADRIANA: – Sim. E que me respondeste?
Que teu dono te encheu de bofetadas
e que negou ter casa e ter esposa.

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (a Drômio):
– Andaste então falando com esta dama?

DRÔMIO DE SIRACUSA: – Eeeuuu? Nunca a vi mais gorda!

ANTÍFOLO DE SIRACUSA:
– No entanto ela nos chama pelos nomes!

ADRIANA:
– Não conspires com um servo! E não me acuses
se afinal foste tu que me traíste!

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (consigo mesmo):
– Será que me casei com ela em sonho?
Ou será que eu agora estou sonhando?

ADRIANA:
– Vai já saber do almoço, Drômio. Vai!

DRÔMIO DE SIRACUSA (para si mesmo): – Que angu! Esta terra é enfeitiçada. Já, já vai aparecer um duende ou um gigante. Se não obedeço vou me dar mal.

LUCIANA:
– Por que resmungas tanto e não respondes?
És malcriado, tonto e muito burro.

DRÔMIO DE SIRACUSA (a Antífolo, à parte): – Patrão, será que mudei tanto assim? Será que virei macaco e não estou sabendo?

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (a Drômio, à parte):
– Ela disse que és burro, e não macaco.

DRÔMIO DE SIRACUSA (a Antífolo, rindo): – Então é isso. Virei burro. Espero que eu possa comer meu capim, porque estou com fome.

ADRIANA:
– Chega! Não vim aqui para fazer
os dois rirem de mim. O almoço esfria.
Antífolo, terás de te explicar.
– Drômio, tu tomarás conta da porta.
Não te esqueças! Tomar conta da porta! (vão saindo todos)

ANTÍFOLO DE SIRACUSA (consigo mesmo):
– Estou no céu, na terra ou no inferno?
Dormindo ou acordado? Doido ou sábio?
Vou esperar e ver no que vai dar.
Nessa loucura vou me aventurar.

 

FIM DO SEGUNDO ATO

 

(continua)

 

Havendo interesse em representar a peça, enviaremos o texto completo em PDF. A escola deve solicitar pelo email: [email protected]
Favor informar no pedido o nome da instituição, endereço completo, dados para contato e nome do responsável pelo trabalho.

 

 

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