Noite de Reis

 

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peça de William Shakespeare

tradução e adaptação e Ruth Salles

NOTA

A biografia de William Shakespeare, um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, é baseada em poucos documentos. Segundo estes, ele nasceu na Inglaterra, em Stratford-on-Avon, no dia 23 de abril de 1564, e morreu no mesmo dia e lugar em 1616. Sabe-se que foi ator e depois diretor de teatro e autor de grande número de comédias e tragédias, quase todas obras-primas. Consta que a peça “Noite de Reis” foi representada pela primeira vez na festa da Epifania ou Noite de Reis (comemoração da chegada dos reis magos a Belém), ou seja, na décima segunda noite após o Natal. Daí seu nome em inglês ser “The Twelfth Night”, que nada tem a ver com o assunto da peça. Trata-se de uma comédia, em que muitas confusões acontecem, porque a jovem Viola e seu irmão gêmeo Sebastião se perdem um do outro num naufrágio. Viola se disfarça de homem, para trabalhar como pajem de um duque. Sebastião acaba chegando à mesma cidade, e é confundido com ela várias vezes, sem que um saiba do outro. As trapalhadas no fim se resolvem, e deixo que a própria peça as revele. Existem dúvidas quanto à data da primeira apresentação de “Noite de Reis”. Segundo uns, foi em 1601 ou 1602. Outros, por causa de certos termos usados por Shakespeare, acham que só pode ter sido apresentada mais tarde. De qualquer forma, a mais antiga edição desta peça data de 1623.

A pedido da professora de classe Ana Maria Negrão, em 1983 fiz a tradução, ora em verso, ora em prosa, como no inglês, com alguma redução no tamanho, por ser uma peça a ser representada por alunos de 14 anos. Quanto à música, a primeira canção foi composta por mim (“Aonde vais, senhora minha?”), e as outras são melodias medievais às quais adaptei os versos da peça. A única música original encontrada foi “Ah, Robin”, de William Cornish. Em 1984, ano da apresentação da peça pela classe de Ana Maria Negrão, ainda foram tocadas pela orquestra da escola, entre os vários atos, ou entre cenas, pequenos trechos de Henry Purcell – compositor inglês contemporâneo de Shakespeare – escolhidos pela professora de música Mechthild Vargas (Meca), a cargo de quem ficaram os arranjos e toda a direção musical.

Agora, em 2004, renovo a versão da peça reduzindo-a mais, por ter sido pedido pela escola que as peças sejam menores para os alunos de 14 anos. Com isso, no entanto, procurei não truncar as cenas, mas apenas condensá-las um pouco. Acrescento que dividi em duas a personagem Maria, criada da condessa Olívia, por serem poucos os papéis femininos na peça. Assim, Maria é a criada jovem e alegre, Joana, a criada velha e rabugenta.

Ruth Salles

 

PERSONAGENS

ORSINO, duque de Ilíria
SEBASTIÃO, irmão gêmeo de Viola
ANTÔNIO, capitão do navio, amigo de Sebastião
CONTRAMESTRE do navio, amigo de Viola
VALENTINO, cavalheiro a serviço do duque
CÚRIO, cavalheiro a serviço do duque
TOBIAS, tio de Olívia
ANDRÉ, amigo de Tobias
MALVÓLIO, mordomo de Olívia
FABIANO, servidor de Olívia
BOBO de Olívia (com tamborim e baqueta)
OLÍVIA, condessa rica
VIOLA, jovem de alta estirpe, irmã gêmea de Sebastião (quando se disfarça de
Cesário, veste roupa idêntica à de seu irmão gêmeo, inclusive na cores.)
MARIA, criada de Olívia (jovem alegre)
JOANA, criada de Olívia (velha rabugenta)
Dois GUARDAS
Um SACERDOTE
Um CRIADO de Olívia
Dois MARINHEIROS

PERSONAGENS MUDOS: músicos, quatro servidores do duque, cortesãos.

 

CENA

Uma cidade da Ilíria e o litoral próximo.

 

PRIMEIRO ATO

Cena 1
Uma sala no palácio do duque Orsino.
Orsino, Cúrio e outros cortesãos; músicos tocam; Valentino.

 

ORSINO (ouvindo a música):
– Se a música é de fato o alimento
do amor, tocai a lânguida cadência
que chega aos meus ouvidos como o som
do vento pelos campos, transportando
o perfume suave das violetas. (os músicos tocam mais um trecho e param)

CÚRIO:
– Ides caçar, senhor?

ORSINO: – Que caça, Cúrio?
Foi só ter conhecido a bela Olívia,
e desde então, minha paixão persegue-me
como cruel cão de caça, e eu transformei-me
num pobre cervo em fuga. (entra Valentino) – Valentino!
Que notícias me trazes?

VALENTINO: – Senhor duque,
nem fui admitido à sua presença.
No entanto, ela vos manda esta mensagem
que a criada Joana transmitiu-me:
“Antes de se passarem sete anos,
o próprio céu não há de ver meu rosto.
Vou fechar-me em meu quarto, para honrar
o amor por meu irmão que faleceu.”
Só isto, duque Orsino, e nada mais.

ORSINO:
– Se ela tem tanto afeto pelo irmão,
imagina o amor que sentirá
se Cupido flechar seu coração!
Nada resta a fazer, amigos. Vamos
para o caramanchão. Sonhos de amores
se enriquecem sob o dossel das flores. (saem)

 

Cena 2
À beira-mar
Viola, contramestre, dois marujos.

 

VIOLA: – Contramestre, que país é este?

CONTRAMESTRE: – É a Ilíria, senhorita Viola.

VIOLA: – E que vou fazer na Ilíria? Meu irmão Sebastião talvez não se tenha afogado. Que pensais disto, marujos?

MARUJO 1: – Não sabemos dizer, senhorita.
MARUJO 2: – Foi tudo muito confuso.

CONTRAMESTRE: – Foi pura sorte teres sido salva. Mas, até onde meus olhos alcançaram, vi Sebastião lutando, agarrado num mastro que boiava no mar.

VIOLA: – Ah, isso reforça minha esperança. Irmãos gêmeos são tão ligados que nem posso pensar em perdê-lo. Mas… esta terra da Ilíria, tu a conheces, contramestre?

CONTRAMESTRE: – Sim, nasci perto daqui. E quem governa este lugar é um duque. Nobre de nome e de caráter. Chama-se Orsino.

VIOLA: – Orsino? Meu pai falava nesse jovem…

CONTRAMESTRE: – Ouvi dizer que ele se apaixonou por Olívia, uma dama encantadora, que perdeu os pais e o irmão, e agora não quer saber de sair nem de ver ninguém. É assim: os pequenos sempre tagarelam a respeito dos grandes…

VIOLA: – Ah, eu gostaria de servir a ela, passando despercebida até poder revelar minha posição e dizer quem sou.

CONTRAMESTRE: – Isso é impossível. Mas posso recomendar-te ao duque. Disfarça-te de homem para seres seu pajem. É só tu te vestires como teu irmão. Que achas de te chamares Pajem Cesário?

VIOLA: – Boa idéia! E eu te serei sempre grata por ela.

CONTRAMESTRE: – Pois vamos lá, senhorita Viola, quer dizer, pajem Cesário!

VIOLA: – Vamos, contramestre! Confio ao tempo o que vier depois! (saem)

 

Cena 3
Sala em casa de Olívia.
Tobias, Joana e Maria; André.

 

TOBIAS (entrando): – Que diabo pretende minha sobrinha encarando desse modo a morte do irmão? Acho que a tristeza é inimiga da vida!

JOANA (fala sempre enquanto espana a sala): – Pois o que eu acho, senhor Tobias, é que o senhor devia voltar para casa mais cedo à noite. Sua sobrinha, minha ama, não aprova esse seu horário tardio. Ela diz que o senhor devia manter-se dentro dos limites da ordem.

TOBIAS: – Limites?! Ora! Eu me mantenho muito bem dentro dos limites desta roupa e destas botas, suficientemente boas para eu beber estando dentro delas.

JOANA: – Pois esse excesso de bebida vai acabar com o senhor. Ouvi minha ama falar disso a um cavalheiro idiota, mandado aqui pelo senhor para cortejá-la.

TOBIAS: – Quem, Joana? O senhor André?

JOANA: – Ele mesmo.

TOBIAS: – Ora, ele é tão bom quanto qualquer outro e tem 3.000 ducados de renda por ano.

MARIA (varrendo): – Mas, do modo como ele esbanja dinheiro, só terá um ano para aproveitar esses ducados.

TOBIAS: – Maria! Como te atreves a falar assim de um homem que toca rabeca, fala 3 ou 4 línguas sem dicionário e tem grandes dons?

MARIA: – Ah, sim… E se ele não perder o dom de discutir tanto com os outros, logo terá o dom de uma sepultura, é o que dizem os homens sensatos.

TOBIAS: – E quem são esses patifes, esses linguarudos?

MARIA: – Os mesmos que contam que ele se embriaga todas as noites em sua companhia.

TOBIAS: – É de tanto brindar à saúde de minha sobrinha! Enquanto houver uma passagem em minha garganta e bebida em Ilíria, hei de beber à saúde de minha sobrinha! (ouvem-se passos) Acho que vem vindo aí o senhor André. Silêncio, meninas!

ANDRÉ (entrando): – Tobias! Como vais?

TOBIAS: – Muito bem, André, muito bem.

ANDRÉ (a Maria): – E tu, minha belezura, como te chamas?

TOBIAS (com ironia e gestos de quem faz a corte): – Corteja, André, corteja!

ANDRÉ (a Maria): – Minha linda Corteja, gostaria de conhecer-te melhor.

JOANA (zangada): – Seu nome é Maria, senhor.

ANDRÉ: – Minha linda Maria Corteja, eu…

TOBIAS (interrompendo-o): – André! “Corteja” quer dizer “namora, agrada, beija”.

ANDRÉ: – Mas, que coisa! “Corteja” quer dizer tudo isso?

JOANA (sai, zangada, puxando Maria): – Ora, passem bem, meus senhores!

ANDRÉ: – Tobias! Amanhã volto para minha casa. Tua sobrinha não quer ver ninguém. E, se quiser, não há de ser a mim. Se o próprio duque Orsino a corteja

TOBIAS: – Olívia não quer saber do duque. Eu a ouvi jurar. Ainda há esperanças, homem!

ANDRÉ: – Falas sério? Nesse caso, fico mais um mês, contanto que haja mascaradas e pândegas.

TOBIAS: – E sabes dançar bem uma galharda?

ANDRÉ: – Ah, sei dar boas cabriolas e dou o melhor volteio da Ilíria. Queres ver? (dá uns volteios)

TOBIAS (rindo): – Excelente! Excelente! (vão saindo com os volteios de André)

 

Cena 4
Sala no palácio do duque Orsino
Valentino; Viola em trajes masculinos; duque Orsino.

 

VALENTINO: – Se o duque Orsino continua a te favorecer desse modo, Cesário, irás longe. Faz três dias que te conhece, e já não és um estranho para ele.

VIOLA: – Muito obrigado, senhor Valentino, mas aí vem o duque!

ORSINO (entra com Cúrio e cortesãos): – Olá! Quem viu Cesário?

VIOLA (inclinando-se):
– Aqui estou, senhor, às vossas ordens.

ORSINO (aos outros):
– Afastai-vos um pouco, todos vós! (os outros saem)
(a Viola):
– Cesário, não há nada que não saibas
a meu respeito. Abri diante de ti
o livro mais secreto de minha alma,
pela amizade que nos tem ligado.
E, já que sabes tudo, meu rapaz,
vai dizer a Olívia que teus pés
hão de criar raízes até quando
for concedida a ti uma audiência.

VIOLA:
– E, se ela vem ouvir-me?

ORSINO: – Ah, revela
toda a paixão do meu ardente amor!
És jovem. Sempre um mensageiro jovem
é mais aceito.

VIOLA: – Eu não acho.

ORSINO: – Tu serás.
As deusas têm os lábios menos rubros
que os teus, e tua voz é delicada. (dá a ordem final e depois sai)
Que quatro servidores te acompanhem!

VIOLA (consigo mesma):
– Vou esforçar-me… E será grande o esforço!
Conseguir-lhe uma dama tão formosa,
quando eu mesma quisera ser a esposa! (sai)

 

Cena 5
Sala em casa de Olívia.
Joana e o Bobo; Maria; Olívia e Malvólio; Tobias; Viola.

 

JOANA (entra com o Bobo): – A condessa com certeza vai despedir-te por causa de teu sumiço. Olha, ela deve estar chegando. Arranja uma boa desculpa. (sai)

BOBO (anda de um lado para o outro gesticulando e pensando): – Ai, ai, que graças vou dizer a ela? Não sou espirituoso… Minha sorte é que os espirituosos às vezes provam que são uns bobos. E eu, que sou um Bobo, até que sou um homem de juízo. (vendo entrar Olívia com Malvólio, faz grande reverência): – Deus vos abençoe, madona mia. O desaparecido apareceu!

OLÍVIA: – Ora, vamos! És um Bobo sem graça, e já estás ficando malcriado.

BOBO: – Dois defeitos que se consertam com bebida e bons conselhos. Pois se derem a um Bobo a graça de uma bebida, ele não será mais um Bobo sem graça; e se ordenarem ao malcriado que se emende, ele será de novo um bom criado.

OLÍVIA: – Que achas deste tolo, Malvólio? Será que vai custar a se emendar?

MALVÓLIO: – Oh, sim, até que uma doença o sacuda. As doenças, que abatem os sábios, melhoram os tolos.

BOBO: – Que Deus te mande uma doença das mais rápidas, Malvólio, para melhorar tuas tolices.

MARIA (entra): – Está aí na porta um cavalheiro que quer falar com a senhora. E o senhor Tobias foi recebê-lo.

OLÍVIA: – Meu tio? Ah, tira-o já de lá, eu te peço. Meu tio só diz tolices. (Maria sai) – Vai lá, Malvólio! Se o cavalheiro vem da parte do duque Orsino, explica que estou doente e despacha-o. (Malvólio sai) – Quanto a ti, Bobo, bem viste como tuas graças estão fracas.

BOBO: – Fraca é a cabaça que vosso tio tem no lugar da cabeça. Olhai como vem!

TOBIAS (entra e dirige-se ao Bobo): – Olá, imbecil!

OLÍVIA (vendo o tio meio embriagado): – Francamente! Já estás embriagado!

TOBIAS: – Só tomei três tragos. (sai pela outra porta)

BOBO: – Um trago o torna bobo, dois o enlouquecem, três o afogam.

OLÍVIA: – Então corre atrás de um médico, pois meu tio já está no terceiro grau da bebida: afogou-se. (o Bobo sai)

MALVÓLIO (entra): – Senhora condessa, o moço que está no portão jura que há de falar com a senhora. E afirma que ficará diante do portão como um poste para anúncios, mas há de falar com a senhora.

OLÍVIA: – Que espécie de homem ele é?

MALVÓLIO: – Ora, senhora, da espécie humana.

OLÍVIA (suspira diante da resposta e fala zangada): – Malvólio! Quero saber como ele é, que idade tem, como são suas maneiras!

MALVÓLIO: – Maneiras péssimas. Quer ser recebido por bem ou por mal. Não tem idade para ser um homem, nem para ser um menino. É assim como uma vagem antes de ter ervilha. Tem boa aparência e fala bem, mas parece que foi desmamado há pouco tempo.

OLÍVIA (ergue o rosto e as mãos diante da resposta): – Manda-o entrar! Mas, que Maria entre junto! Chama-a para mim! (abaixa seu véu de luto sobre o rosto)

(Maria entra conduzindo Viola e 4 servidores de Orsino. Viola se inclina num grande cumprimento, tirando da cabeça o chapéu que tem uma pena no alto.)

VIOLA: – Radiante e incomparável beleza, sois vós a dona da casa?

OLÍVIA (secamente): – Sim. E soube que foste insolente no portão. Se permiti tua entrada foi mais pela curiosidade de ver-te, que para ouvir-te.

MARIA (para Viola, ironicamente): – O senhor quer levantar âncora? Pela porta?

VIOLA (a Maria): – Não, meu bom grumete, ainda velejarei mais um pouco nestas paragens. (a Olívia): – Senhora condessa, acalmai vosso dragão.

OLÍVIA: – Explica logo o que te traz aqui!

VIOLA: – Sou um mensageiro, com palavras tão pacíficas quanto importantes. Para vossos ouvidos é assunto sagrado, para qualquer outra pessoa, profano.

OLÍVIA: – Maria, deixa-nos a sós e leva esses quatro senhores contigo. Ouvirei essa mensagem sagrada. (saem Maria e os quatro servidores de Orsino)

OLÍVIA (a Viola): – E agora, rapaz, onde está escrito o texto de teu sermão?

VIOLA: – No coração de Orsino.

OLÍVIA: – Esse texto eu já li e não me interessa nem um pouco.

VIOLA: – Deixai-me ver vosso rosto, eu vos peço.

OLÍVIA (ergue o véu): – Mandaram-te aqui para avaliar-me?

VIOLA:
– Sois orgulhosa, e vejo que sois bela.
O meu senhor vos ama. Um tal amor
deveria ser bem recompensado.

OLÍVIA:
– Ah… bem recompensado… E de que forma
ele me ama?

VIOLA: – Com adoração,
com abundantes lágrimas, gemidos
de puro fogo.

OLÍVIA: – Mas o duque Orsino
sabe o que sinto e que não posso amá-lo.

VIOLA:
– Se eu vos amasse assim, com tanta dor,
jamais compreenderia tal recusa.

OLÍVIA:
– E que farias?

VIOLA: – Junto à vossa porta,
eu chamaria aos brados por minha alma
capturada por vós. Escreveria
versos de amor fiel, e os cantaria.
E vosso nome eu bradaria aos montes,
até que o eco respondesse “Olívia!”

OLÍVIA (começando a encantar-se com Viola):
– Farias tanto?… Qual a tua origem?

VIOLA:
– Melhor que minha sorte. Sou fidalgo.

OLÍVIA:
– Pois vai dizer ao duque que não sinto
amor por ele. E vem depois contar-me
como ele recebeu minha resposta.
Adeus! E toma isto. (vai dar-lhe uma moeda)

VIOLA (recusa a moeda): – Não, senhora!
Não sou nenhum correio mercenário.
Adeus, bela cruel! (ele sai)

OLÍVIA (refletindo): – “Qual tua origem?
Melhor que minha sorte. Sou fidalgo…”
Oh, sim, posso jurá-lo! Mas se é pajem…
Que será isso? Que contágio rápido!
Parece que se infiltram em meus olhos
todas as qualidades desse jovem…
Pois que seja! – Malvólio! Vem aqui!

MALVÓLIO (entra):
– Pronto, senhora, para vos servir.

OLÍVIA:
– Corre depressa atrás do mensageiro.
Ele deu-me este anel, que eu recuso.
Se ele vier amanhã, explico tudo.
Corre, Malvólio!

MALVÓLIO (pega o anel): – Sim, minha senhora! (sai)

OLÍVIA:
– Sinto um amor que a mente já rejeita…
Não somos então donos de nós mesmos?
Destino, mostra agora o teu poder.
Que aconteça o que tem de acontecer! (sai)

FIM DO PRIMEIRO ATO

 

(continua)

 

Havendo interesse em representar a peça, enviaremos o texto completo em PDF. A escola deve solicitar pelo email: [email protected]
Favor informar no pedido o nome da instituição, endereço completo, dados para contato e nome do responsável pelo trabalho.

 

 

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