Impressão ou PDF

 

poema de Ruth Salles

Que massa azul brilha e balança
e no mais fundo chão descansa?
É o mar sem fim. É o oceano
a deslizar perene e plano.

Às vezes curva-se, ondeando,
as altas vagas elevando;
e, ao encontrar a rocha dura,
quer prosseguir sua aventura,
e se arremessa, e as ondas chama,
e espanca, e espirra e se esparrama;
e, quando a praia lhe aparece,
esse furor logo ele esquece,
e ao seu encontro já se alteia
e solta as ondas lá na areia.

Dentro das águas, que há no mar?
Peixes luzentes a nadar.
E plantas longas, se enlaçando,
ao seu balanço vão dançando.
E há montes altos, vales fundos…
Dentro das águas, quantos mundos!
Dizem também que há lá sereias
perto de rochas e de areias,
e que o bramido que há no mar
são as sereias a cantar.

Mas são as ondas bem distantes
a convocar os navegantes:
“Há novas terras a encontrar!
Só eu os posso lá levar!”
E o belo mar, em seu balanço,
ondeia as águas sem descanso…

 

 

***

 

 

 

Compartilhe esse post
Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp

ASSINE nosso Portal com apenas R$ 8,00 por mês

e ajude a semear a Pedagogia Waldorf no Brasil. Assine AQUI.

Destaques
Posts relacionados
Literatura disponível

O conteúdo deste site pode ser usado para fins não comerciais, dando os devidos créditos aos autores e ao site, e pode ser compartilhado sem alterações, de acordo com a licença
Creative Commons 4.0