por Ana Paula Bonin – Escola Comunitária Municipal do Vale de Luz
A semente do jardim de infância Waldorf foi plantada na Vila do Estevão, Canoa Quebrada/CE, em 1999. Mas, a narrativa dessa história se inicia anos antes, com Ângela Gehrke , quando trabalhava como parteira na Associação Comunitária Monte Azul/SP e viajava com frequência para o Nordeste, a fim de conhecê-lo. E foi em uma dessas viagens que Ângela chegou em Canoa Quebrada, especificamente à Vila do Estevão. Ali, criou um forte vínculo com uma das famílias da comunidade, e desde então, passou a ir anualmente para lá, onde realizou alguns partos, inclusive de sua própria afilhada.
O nascimento dessa criança fortaleceu, ainda mais, o desejo de Ângela de levar a experiência exitosa do jardim de infância Waldorf da Associação Comunitária Monte Azul/SP à vila do Estevão/CE, pois observava que ali não existiam projetos direcionados para crianças da primeira infância, mas apenas uma escola com uma única sala multisseriada, lugar no qual eram reunidas no mesmo espaço crianças de três a doze anos de idade.
A gestação desse projeto resultou na conquista de um financiamento de dois anos para a sua implantação, bem como o convite à Eva Martins de Castro para que semeasse a pedagogia Waldorf em outro jardim. Eva aceitou a proposta de Ângela, porém antes de ir para o Ceará, mesmo tendo a experiência de trabalhar treze anos no jardim de infância da Associação Comunitária Monte Azul, Eva passou por um processo de formação durante um ano, incluindo estudos sobre a pedagogia Waldorf bem como a parte organizacional desta Associação.
ACESSE aqui o PDF com o capítulo completo e conheça essa bela história sobre a criação e o desenvolvimento da Associação Crianças de Luz, em Canoa Quebrada, no Ceará.
Referência
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Movimento pela Educação Humanizadora (MOVEH)
Somos um grupo de pessoas e organizações dedicadas a promover o desenvolvimento de seres humanos capazes de construir uma sociedade baseada na cultura de paz, na liberdade cultural, na fraternidade econômica, na igualdade de direitos e oportunidades, no respeito a todas as diferenças e na sustentabilidade ambiental.
Criamos o MOVIMENTO PELA EDUCAÇÃO HUMANIZADORA para agregar educadoras, educadores, escolas e organizações comprometidas com uma educação integral e emancipadora, pois cada ser humano é um fim em si mesmo, com direito à sua própria individualidade e a criar seu próprio caminho. Precisamos nos unir, pôr o tema em discussão na sociedade, compartilhar pesquisas, teorias e experiências, e propor práticas pedagógicas humanizadoras para a educação.
Entende-se por Educação Humanizadora aquela que respeita a individualidade da criança e do adolescente, a maturidade para o processo educativo, fortalece a autoestima, estimula a conquista da autonomia e visa seu desenvolvimento físico, emocional, mental e espiritual. Sua realização depende da atuação das famílias, docentes e demais profissionais que atuam nas escolas públicas e privadas, em organizações da sociedade civil, profissionais da saúde e todas as pessoas que assumem algum papel nesse processo.
Acreditamos que toda criança tem o direito de ser amada e acolhida pela sociedade a que pertence, de ser respeitada e valorizada como indivíduo, e de poder crescer em contato com a natureza. A sociedade e as escolas têm o dever de proporcionar a cada criança e a cada jovem um ambiente de aprendizado social saudável, para que cresçam confiantes e conscientes dos seus direitos e deveres, capazes de superar os apelos do consumismo e de atuar com criatividade em prol de um mundo mais justo, fraterno, inclusivo e sustentável.
A pandemia da COVID-19 que neste momento nos atinge está reafirmando como nós, seres humanos, dependemos uns dos outros e como é nefasta a profunda desigualdade que permeia nossa sociedade. Este cenário de fragilidade social e a crescente degradação ambiental prenunciam um futuro de incertezas e reforçam a necessidade de se repensar a educação como questão crucial para a humanidade e a sustentabilidade do planeta.
Portanto, convidamos todas as pessoas e organizações que compartilham destes mesmos ideais e propósitos a nos unirmos neste MOVIMENTO PELA EDUCAÇÃO HUMANIZADORA.
Que é cor-de-rosa? A rosa,
tão bonita e tão cheirosa.
Que é vermelho? A papoula,
com brilho de lantejoula!
Que é azul? É o céu,
que usa a nuvem como um véu. Continuar lendo “Cor” →
JP Amaral – Instituto Alana
Bebel Barros – Instituto Alana
Beatriz Abuchaim – Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
Ana Cecília Barros – Instituto Olinto Marques de Paulo
Sara Assis – Instituto Olinto Marques de Paulo
Daniela Zanon Rodrigues – Professora da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul
Melanie Mangels Guerra – Faculdade Rudolf Steiner
Isadora Tortella – Mapa Educação
Erika dos Anjos – Estudante de Pedagogia
Rubens Salles – Instituto Ruth Salles
Cristina Velasquez – Federação das Escolas Waldorf
Rose Laviano – Instituto Maiana
Juliana Barbosa Ramalho – Professora da Prefeitura Municipal de São Paulo
Esdras Faria – Associação Comunitária Monte Azul
Ana Paula Cury – Escola de Pais
Reinaldo Nascimento – Pedagogia de Emergência
Ednéia Gonçalves – Ação Educativa
Sonny Pólito – Bengala Verde
William Boudakian – Pedagogia de Emergência
Os grandes dizem que são
teias de aranhas no chão;
mas sabemos bem nós dois
que são as vestes das fadas,
que já foram lavadas,
e estão a secar, depois.
Que brisa, que brilho reluz na planura,
que as plantas repinta, nas cores se esmera?
E, enquanto me espanto, o regato murmura:
“Se o verde revive, já é primavera!”
Andei pelo bosques
assim por andar,
nem mesmo pensando
no que procurar.
Continuar lendo “O achado” →
Bem no meio da aldeia, a igrejinha no monte
faz soar o seu sino, e eu passo defronte.
Cacareja a galinha, olha a pomba a voar,
e no lago os patinhos já foram nadar.
Continuar lendo “A carroça de feno” →
“O bode bale!
O bode berra!
Seu manto esfiapado
quem é que sabe
se é novo ou velho
se é largo ou apertado?”
Sou o mestre-sapateiro.
O meu nome é Couro-Fino.
Faço sapato o ano inteiro,
seja grande ou pequenino.
Continuar lendo “O sapateiro Couro-Fino” →