poema de Jakob Streit
traduzido e recriado por Ruth Salles

Que a casa agora construída
não seja em fogo consumida!
Não haja enchentes do seu lado,
e o raio seja desviado.
Que um bom espírito ali esteja
e dos perigos a proteja!
Que a casa agora construída
não seja em fogo consumida!
Não haja enchentes do seu lado,
e o raio seja desviado.
Que um bom espírito ali esteja
e dos perigos a proteja!
Que é cor-de-rosa? A rosa,
tão bonita e tão cheirosa.
Que é vermelho? A papoula,
com brilho de lantejoula!
Que é azul? É o céu,
que usa a nuvem como um véu. Continuar lendo “Cor” →
Os grandes dizem que são
teias de aranhas no chão;
mas sabemos bem nós dois
que são as vestes das fadas,
que já foram lavadas,
e estão a secar, depois.
Que brisa, que brilho reluz na planura,
que as plantas repinta, nas cores se esmera?
E, enquanto me espanto, o regato murmura:
“Se o verde revive, já é primavera!”
Andei pelo bosques
assim por andar,
nem mesmo pensando
no que procurar.
Continuar lendo “O achado” →
Bem no meio da aldeia, a igrejinha no monte
faz soar o seu sino, e eu passo defronte.
Cacareja a galinha, olha a pomba a voar,
e no lago os patinhos já foram nadar.
Continuar lendo “A carroça de feno” →
“O bode bale!
O bode berra!
Seu manto esfiapado
quem é que sabe
se é novo ou velho
se é largo ou apertado?”
Sou o mestre-sapateiro.
O meu nome é Couro-Fino.
Faço sapato o ano inteiro,
seja grande ou pequenino.
Continuar lendo “O sapateiro Couro-Fino” →
1. FLORAÇÃO
A chuva desce
e se derrama.
E a haste cresce,
e a flor, e a grama.
O vento passa,
as flores bolem.
Já esvoaça
o louro pólen.
Como cintila
seu tom dourado
na luz do dia
ensolarado!
Quem souber me diga, onde
Dedalzinho mora?
Lá no vale, longe, longe,
onde um rio aflora.
Desde que era criancinha,
já trazia a corcundinha.
A seu passo balançado
nada se assemelha,
e seu queixo, ao estar sentado,
bate nos joelhos.
Pobre Guigo desastrado!
Que é que ele faz?
Lambeu do tacho encantado.
Quem vem atrás?
Ai, é Dida! E vem zangada
essa poderosa fada.
Continuar lendo “O anãozinho Guigo” →
No mato há um gigante
que tem um orelhão,
e que acha sussurrante
o estrondo do trovão.
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